Uma história que no meio os dias se repetem, as conversas são as mesmas, as noites são inquietas, e a sensação de culpa atinge o peito, mas sua rotina te acostuma com esta sensação e te ilude para tentar se livrar da culpa, abandonou o único que sempre esteve ao seu lado, todos os dias é grato por tê-lo, mas nunca foi atrás dele, a vida foi esquecida e no lugar dela foi implantado sonhos e desejos, apenas existe e nada mais, faz de tudo para alcançar a paz, enxerga a pureza nos olhos das crianças e a simplicidade na sua ação, sem maldade e sem pecado, água pura e cristalina, é visto que quem as domina é a paz do espírito, parece estranho e até mesmo loucura, mas todas as consciências devem voltar ao estágio da criança, mas voltar consciente, uma reversão que um adulto não consegue fazer, deixar os desejos e abandonar seus pecados, se libertar das matérias insignificantes que conquistou neste mundo e ficar contente apenas tendo a roupa do corpo, o processo que quero dizer é a transformação do ser carnal para o espiritual, onde vemos que quando criança a carne não tem domínio dela, mas já adulto o espírito não consegue agir para ser manifestado, e esta transformação é o que todos deveriam fazer, se atentarem para escutar a palavra do Criador em seu íntimo e realizar suas ordenanças, crer nessas palavras assim como Moisés creu ao não se preocupar que estava encurralado pelo exército de Faraó no mar vermelho, mas crendo no Senhor ele foi salvo pela sua confiança, não temeu a nada e isso falta em todos neste mundo, preocupações que não levarão a lugar nenhum, e a única preocupação que deveriam ter ninguém tem, que é a de como entrar no reino de Deus, apenas fogem da morte por ter o sentimento de perdição, essas são as uvas bravas que surgiram da vinha de Deus, frutos que não cumprem com sua função e se fazem podres e sem utilidade, apenas uma existência sem função, sem gosto e sabor, fria e sem resistência, uma consciência enraizada na carne e fugitiva da vida.

Por Luiz Gustavo

Tema sugerido por Patrícia