Saber muito sobre nada

Não adianta tornar-se enciclopédia

Pois a sabedoria do mundo passará

A morte será uma grande tragédia

Para alma que na carne se firmar

 

Um rápido piscar de olhos

Um simples estalar de dedos

Momentos curtos e ilusórios

Distúrbios, flagelos e medos

 

Uma busca incessante

Correria atrás do nada

Uma vida estressante

Tira-teima, palhaçada

 

Saber muito sobre nada

Não preenche a consciência

Falência eterna da alma

Que não buscou a divina ciência

 

Competição exacerbada

Buscando efêmero pódio

Almas jogadas às traças

Sentimento perverso de ódio

 

Do que adiantou o glamour

E a vaidade de tantos conhecimentos?

Vazio que corrói, tanto ardor

Angústias, feridas, lamentos

 

Tudo dentro da alma

Casa chamada coração

No relicário habitava a calma

Mas plantou em si a desilusão

 

Saber muito sobre nada

Não preenche a consciência

Falência eterna da alma

Que não buscou a divina ciência

 

Por Michele

Tema sugerido por Luiz