Supremacia desconhecida

As cavernas ecoam seu nome, as ondas dos mares o reverenciam, as aves que voam sobre suas asas e o firmamento do universo pousa por Sua mão. Nem todas as estrelas unidas conseguiriam brilhar mais que Sua face, a sabedoria se diz Sua aluna, o amor aprendeu a amar através Dele e sem Ele nada seria. Clamam por Seu nome, mas não têm a menor noção de quem Ele é. Eu Sou! Disse Ele, de geração em geração. As bocas chamam por Seu nome, mas seus corações se apartam do Seu amor. Derramam seus mares em súplicas, porém idolatram o pó, salgam suas almas para que o pó permaneça. A sensibilidade se foi e nem ao menos se despediu, a dor se acumulou deixando um enorme vazio. Onde encontrão a paz, senão dentro de si? Uma busca pelo cais e é o caos que se encontra ali. Ao redor, incontidos quadros, uma enorme exposição viva e ninguém para ao menos para apreciar, e no âmago o quadro é de um palhaço triste, um cerco no circo e um mar à ancorar. Se distanciaram estando tão perto, viraram às costas para Àquele que olha com sinceridade, negaram o Seu abraço e rejeitaram o Seu colo, soltaram a Sua mão e apartaram-se do Seu braço. Uma supremacia desconhecida, perdida na linha, na reta da vida. Sacudiram as cordas que os ligariam ao céu, soltaram-se da liberdade, fecharam a porta da saída do labirinto e não conseguem se encontrar. Mas as cavernas continuam ecoando Seu nome, e as ondas dos mares reverenciando-o, as aves voando sobre Suas asas, e o universo segue regido por Ele. Nada interfere na Sua fala, porque mesmo sem palavras, cem palavras são ditas, nada derruba a supremacia eterna e honrada porque é nela que se encontra a vida.

 

Por Patrícia Campos

Tema sugerido por Luiz

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