Como ter a liberdade do saber? Como não se condicionar a nada deste mundo? Como sair das amarras do engano? Como não ser escravo do sistema, e nem misturar o sagrado com o profano? Quantas perguntas são indagadas que ficam engasgadas no coração, ninguém sabe o que é ser livre de verdade, só tem essa palavra como uma expressão, a liberdade não é comprada e muitos menos obtida a força, mas ela se ganha notoriedade quando asas você ganha, quando buscar discernimento das coisas, e busca compreender o sentido delas, pois a liberdade não faz alvoroço, mas ela é sentida no coração e ela é bem singela. A liberdade não pode ser confundida com libertinagem, tem que haver a separação, a liberdade está em agir pelo conhecimento e sempre pela razão, e nunca pela emoção, o saber transforma o coração abatido, ele renova o entendimento e traz um novo sentido, é maravilhoso falar do saber, mas senti-la no coração é para quem não tem nada a perder, para quem se lança sem medo, que tem curiosidade pelo novo, que enxerga sua capacidade e não coloca limite em seus horizontes. Mas que sempre está ampliando a terra que tudo vês, pois nisto está a herança daqueles que fazem por merecer, é isto que a liberdade nos ensina, a saber o que estamos fazendo, seguindo a rota da vida, nunca do caminho nos perderemos, pois o espírito é nossa sina que nos guia em todos os lugares, é a nossa lamparina acesa em nossos calçados. Imagina quão sublime será atravessar o portal e enxergar com outros olhos toda a grandeza do nosso ser divinal, enxergar toda imensidão que nos envolve, poder ter todos os poderes em nossas mãos, sem sentir mais nada, nenhuma opressão, é isto que a liberdade do saber tem a nos ensinar, ela é simples e prudente, só adquire quem se posiciona ao seu lado e se faz presente. Quem está a mercê da sabedoria? Ela conclama a todos para serem livres em todos os seus dias, não tem coisa mais satisfatória do que ser amigo da sabedoria, pois o saber transforma um coração, liberta de todas as correntes, quebra a soberba, e ensina com simplicidade a sermos prudentes.
Por Ítalo Reis
Tema sugerido por Milena