Sou o elo perdido, a consciência que manifesta a vida, sou parte do infinito celestial, a minha cara metade é o espírito de Deus que me habita. Por ele Eu Sou, sem Ele nada sou. Ele é o meu corpo eterno, minha simetria, é meu jardim de inverno, minha alacridade infinda. Com Deus a completude preenche o meu ser e nada esvazia o inteiro de minha alma, pois agora sou consciente da verdade que me despertou para a realidade da vida eterna. Ele é a aliança que nos une, que nos completa por inteiro, com ele não há divisão e sim a paz contínua no coração, por ele se entrelaçam sentimentos verdadeiros que deixam a alma salutar, seu primor exala firmeza e sua sabedoria nos guia nessa jornada. Ele é o meu eu verdadeiro, o meu corpo eterno, a minha paz com Deus, ele me completa, um não é sem o outro, a minha simetria, e para tê-lo terei que sê-lo, pois assim é o caminho, sendo ele reflexo do meu espelho.
Acontece que as consciências fizeram da carne sua cara metade, uma existência efêmera, que não completa, mas as deixam vazias. Jamais uma consciência que chega verdadeiramente ao pleno conhecimento do propósito de Deus troca a vida eterna do Espírito por lances fortuitos da carne que morre. Não se identificam pela vida e nem com a vida, mas traçam seus caminhos de acordo com seus desejos guardados no recôndito de seu ser. Não há semelhança, não há simetria, não há reflexo, pois seus espelhos são opacos, sem brilho e sem cor e não há o que fazer, pois os seus interesses são outros, todos voltados para a carne, fazem dela sua cara metade, o que será trágico para a consciência na eternidade, pois do que adiantará os poderes da consciência sem uma existência? É o mesmo que estar com o prato cheio e continuar com estômago vazio, tudo depende da sua vontade, e se plantado, com certeza você irá colher, basta deixar a carne para se tornar um só com o espírito, deixar essa cara metade e se tornar por inteiro.
Por todos os irmãos