No princípio não era visto, sua grandeza sempre guardada em uma dimensão minúscula, foi se desenvolvendo e se transformou em algo considerado grande, rastejando seus sentidos foram ampliando, e em si descobriu que sua invisibilidade era notória e sua função gigantesca, mas para voar e ser livre deve-se afastar do chão, para isso deve ocorrer sua metamorfose, se concentrar em si, e se transformar, envolvido do conhecimento sua mudança vai acontecendo, seu cozimento vai te aquecendo e te deixando mais forte e mais sábio, suas asas vão sendo criadas e suas cores vão se tornando vivas, sua função é ser livre da multidão, livre da escuridão, livre da solidão, e ser um só com seu Criador, voar até Ele, atravessar as fronteiras, ultrapassar a atmosfera e se despedir do universo, somente para chegar a sua verdadeira dimensão. No mundo todos se firmaram em sua árvore, seus casulos secos e ocos, a floresta que deveria ser florida e verde, se encontra com o traço da tristeza com cores mortas e sentimentos de desânimo, o artista da obra teve o encanto em criar a vida, mais as cores por serem livres deixou a vida sombria, e o artista que antes era animado com sua obra se fez como um rosa após o outono, murchou e não se levantou para refazê-la, pois em sua parte nunca errou, mas por conta de esperar o amor de sua criação, teve que abandonar este quadro e fazer um novo distante desta aberração.
Por Luiz Gustavo