Segundo o dicionário o significado da palavra emancipação é: qualquer libertação, alforria, independência. Ora, é um dos momentos mais aguardados para os jovens em geral, como o foi para mim um dia, quando perante a sociedade ao completarem 21 anos, se tornam capazes e responsáveis por suas próprias decisões tanto sociais quanto políticas, embora essa última, já estejam exercendo mais precocemente. A emancipação é tida como uma alforria dos domínios dos pais, embora as coisas não funcionem exatamente dessa maneira, pois sempre haverá uma dependência. Se analisarmos o caminhar de um indivíduo desde seu nascimento, a cada fase há de certa maneira uma libertação, a cada aprendizado há um soltar de mãos, contudo também uma prisão porque surge no decorrer mais uma dependência. Em suma, nunca seremos ou teremos na vivência carnal emancipação porque estamos sempre buscando laços e nós!
Somos interdependentes estruturalmente (até aqui aceitável), mas nossas decisões são pautadas em cima das relações que construímos, dos sentimentos carnais que nutrimos e dos quais precisamos nos emancipar. Paulo lista uma enormidade de sentimentos carnais oriundos das relações que construímos que nos tiram da vida eterna, aliás todo sentimento que não provêm do espírito de Deus nos condena e lança ao vazio. Nossa alforria carnal é algo imprescindível para que se estabeleça em nossas consciências a total e irrestrita dependência do espírito, que não escraviza, mas é a máxima libertação, “Ele é o Senhor e Nele há liberdade! “Diante de tudo que sabemos, de todo o conhecimento adquirido, de tudo o que ouvimos e vemos, o que nos falta para a emancipação? O que me falta? Acreditar? Querer? Ação? Luta? Intrepidez? O que me falta? São perguntas que faço a mim mesma, em minha própria consciência devo obter as respostas e remar contra elas para atravessar o rio e conquistar a alforria!
Por Lo Xavier