Como eu queria sair por aí sem destino, sem paradeiro certo, sem carregar ninguém no pensamento, no coração, um andarilho sem nome, sem bagagem, que não carregasse saudade, tristeza e nem tão pouco a solidão, um solitário a vagar na beira da estrada sem documentos e sem localização. Por isso digo, a todo coração, que se prende nas loucuras, e se esquece da liberdade, não se preocupe com nada deste mundo, pois tudo daqui é passageiro, busque as coisas que são do céu, tudo de lá é eterno e nos traz a paz verdadeira, que vem do nosso Pai. O senhor clama a todos, e diz: “todos vós ouvistes o meu chamado e estão atentos a minha voz, façam jus a vinda nesse mundo, realizando a vontade do Senhor, sendo prudentes em cada passo para chegar no resplendor, Eu os chamei e os ajuntarei porque os tenho remido, e os multiplicarei e farei de vós uma grande nação”.

Quem escuta ao senhor? Em mim sinto o ânimo desbravador, a firmeza de sua destra e me coloco em suas mãos, oh! Deus, para fazer a sua vontade. Tu que sacias a minha alma e me ensina o que é útil, tenho prazer no seu entendimento e sua boca me mostra a sabedoria para trilhar o caminho da justiça, que o entendimento e o discernimento das palavras se acomodem em minha consciência até que eu seja moldada ao espírito, serenidade em andar pelo espírito, pois quem andando com a vida estará em caos? Só palavras o vento leva, tem que haver comprometimento, sarça viva e pegando fogo, e queimando todo o mal por dentro. Viver neste mundo é uma loucura, cada um tem uma personalidade, mas ninguém busca ter a personalidade do espírito santo de Deus, ninguém busca laços eternos, mas se firmam na areia, e o que falar de uma consciência que trilhou o caminho da morte? Durante sua vida, todos os dias foram iguais, finais de semanas idênticos, seus sentimentos passando de um para o outro, ligações carnais que não acabam, nem após a morte, essa foi uma vida com uma rotina de ligações, por isso não há sentido em guardar no coração o que não é eterno, tudo que se vê, se esvai com o tempo, assim como as moinhas dos ventos. As escolhas que podem ser feitas ao longo da vida, não devem ser incertas, por isto nos foi dado o poder do raciocínio para enxergarmos as coisas da maneira correta. O que podemos fazer sem vida? E onde podemos chegar se não agirmos? Não devemos ser doxomaníacos para atingirmos glórias neste mundo, mas sim para atingirmos a glória de Deus, pois o sabor da vida causará eternamente êxtase na alma que a retém, mas os foragidos só ficarão com a sensação em seu paladar.

Por todos os irmãos