Sua grandiosidade habita no seio singelo, gerado pelas mãos da simplicidade, corre livre pelos campos, prende-se a terra para ser pétala, percorre caminhos como luz, dança em uma massa sem fim como galáxia, é fogo que compõe o mundo, a raiva do vulcão, é o sorriso da criança, e o latido do cão. Ele é o pingar dos céus, o limite do mar, é o pincel que traçou órbita, o brilho do olhar, é quem impôs as leis que nos regem, o maestro que nos orquestra, é a sutileza do amanhecer e a beleza da noite, é o amor que ainda vive, a esperança que ainda temos, a felicidade que ainda existe, a temperança que queremos, Ele é o Senhor, o Deus vivo, o Eu Sou, que guiou Moisés em seu caminho, Abraão em seus mandamentos, que abençoou Jacó dando luz a Israel, quem valsou na fornalha com os profetas, quem acolheu Daniel com a face de leão, e fez-se espada incansável nas mãos de Josué. Este é quem nos fortalece, nos anima, nossa base, nossa sina, o Rei dos reis, e o Senhor dos senhores, mas mesmo mediante este fascínio, sua essência é tão simples como o coração de uma criança, e seu desejo caro, Ele nos abraça porque nos quer, nossa alma, nosso espelho, Ele está porque nada é sem ciência, todo este poder para ficar nas trevas, é necessário haver consciência, e entender que tu és pequeno, o que anseia teu coração, que seja maior do que aquele que o permitiu bater? Por este e único motivo, exaltai ao Senhor, porque tua carne cai, tuas lembranças se chocam, teu poder é vão se não houver alguém que seja, e teu alcance não vale se estiver no nada, e só há um, que é e sempre será, Eu Sou, a tez que reflete unicamente nas límpidas águas do mar.
Por Luiza Campos