Esta expressão pode ter dois sentidos, um é de lavar a alma e o outro é de se eximir de alguma culpa, como Pilatos que lavou as mãos para se eximir da culpa de matar Jesus, ou quando você julga que fez a sua parte, como quem diz: eu fiz o que pude, lavo as minhas mãos. Agora quando é no sentido de lavar a alma é porque você fez tudo que tinha que fazer, como Jesus que disse: eu glorifiquei-te na Terra tendo concluído a obra que me destes a fazer, isto é, eu concluí o que vim fazer neste mundo, acabei, terminei, não há mais nada a fazer. Lavar as mãos, uma expressão que pode ser de alívio ou de frustração, mais de frustração pelo motivo do Pilatos, que tinha o poder de livrar Jesus da morte, mas como era político e queria agradar a população, tirou o corpo fora, isto é, se eximiu da culpa. Mas quando se lava as mãos por ter feito tudo que podia fazer, uma sensação de prazer por ato concluído, eu lavo as minhas mãos, por ter a alma limpa, mas olha só como estão as consciências humanas? Sequer se identificam como criação, não sabem o que produzem como tal e nem para que serve, pior ainda, não buscam saber o que vieram fazer neste mundo, vivem a vida com a alma suja e lavam suas almas com água suja do engano.
As religiões então, são uma pocilga de porcos onde se lavam a alma com lavagens, as almas andam enlameadas de palavras sujas de mentiras, ninguém lava a alma com a verdade de Deus, mas só andam pelo engano. De que vale andar na mentira e cair no vazio eterno? De que vale lavar as mãos para se eximir da culpa? Eu aconselharia as consciências se lavarem até se tornarem alma para o proveito de Deus, o nosso compromisso deve ser com a verdade e não com nós mesmos, a verdade deve brotar do raciocínio lógico, esta é a única água que lava de fato as nossas almas, daí podemos dizer de verdade: eu lavo as minhas mãos das impurezas deste mundo.
Por O teu espírito diz