Jesus nunca fez nenhum milagre, mas os milagres partiam da consciência das pessoas, por isso Jesus sempre dizia quando ocorria um milagre: a tua fé te salvou. Não era Jesus que curava, mas a fé da própria pessoa, e se a pessoa não tivesse fé não era curada. Jesus estava numa casa lotada de gente que ouvia ele ensinar sobre o propósito de Deus, de repente um grupo de pessoas subiu com um aleijado até o telhado, tiraram as telhas, as madeiras e desceram o aleijado por uma maca na presença de Jesus que olhou para aquela cena, se admirou e disse: nossa! Nunca vi tamanha fé, em seguida ele perguntou ao aleijado: você crê que eu posso fazer isso? O aleijado respondeu: creio Senhor. Então Jesus disse: levanta e anda! Nota que se o aleijado não acreditasse, o milagre não teria ocorrido, então não era Jesus que curava, mas a fé da própria pessoa. Quando Jesus pegou um pouco de terra, cuspiu e fez um lodo e passou no olho do cego, Jesus mandou o cego lavar o olho no tanque de Siloé e o cego voltou enxergando. Agora aqui cabe uma pergunta: quem curou o cego? Jesus, o barro que ele fez com o cuspe e passou no olho do cego, ou o cego ter lavado o olho no tanque de Siloé? Se fosse Jesus, ele não precisaria ter feito barro com o cuspe e passado no olho do cego, se fosse o barro do cuspe e lavado no tanque de Siloé, não teria sido Jesus, mas sim dele ter feito o barro e passado no olho e mandado o cego lavar no tanque de Siloé, mas na verdade não foi Jesus que curou o cego e muito menos ele ter feito o barro com o seu cuspe e mandado o cego lavar no tanque de Siloé, mas quando o cego voltou enxergando Jesus disse: a tua fé te curou. A história do barro feito do cuspe e do tanque de Siloé era para mostrar se a pessoa tinha fé em quem estava falando, se Jesus tivesse mandado o cego fazer qualquer outra coisa, ele faria pelo mesmo objetivo de ser curado. Eliseu mandou Naamã se banhar sete vezes no rio Jordão, e também não foi ele se banhar no rio Jordão que o curou, pois se Eliseu tivesse mandado ele fazer qualquer outra coisa, e ele fizesse, se curaria de todo jeito, pois um milagre não acontece da parte de quem manda ou do que tem que fazer, mas sim da fé de quem faz, pois se a pessoa não tiver fé, nada acontece. A fé se trata de um princípio e cada consciência é que deve crer no espírito de Deus em si mesma para que a cura da consciência aconteça, pois como curar se não acreditar que pode ser curada? Lembrando que Jesus representava este espírito que nos vivifica e todos aqueles que falaram do propósito de Deus no passado, simplesmente anunciaram que tudo já estava dentro de cada um, assim como hoje também fazemos a mesma coisa, levamos toda consciência diante da verdade da razão da vida, apresentamos o espírito santo de Deus a cada consciência e não somos nós que curamos ninguém e nem os irmãos do passado que curavam, mas a consciência que de fato crer no espírito de Deus e se entregar a ele será curada, pois quando é praticado o princípio é acionado o espírito e naturalmente a transformação acontece, como a transformação da água para o vinho, a consciência deixa de ser pela carne que é fria e passa a ser pelo espírito que é quente, pois o espírito é o vinho da vida, ela se cura da cegueira, pois a consciência não enxergava nada pelo espírito e passa a enxergar, não falava pelo espírito e passa a falar, não ouvia e passa a ouvir, deixa também de ser aleijada, pois andava escorada em amuletos que não deixam a consciência andar pelas próprias pernas do espírito. Não tocava pelo espírito e passa a tocar, não sentia pelo espírito e passa a sentir, assim como Jesus que passando no meio da multidão todos o tocavam na carne, mas ele disse: quem me tocou, pois de mim saiu virtude? Porque a mulher o tocou pelo espírito e o último milagre que acontece na consciência é a ressurreição, quando a consciência nasce no reino de Deus pelo espírito, seu corpo e ser eterno.
Somando nossas luzes
Por Zeca e Michele