Era um caminho onde se passava sozinho, mesmo no meio da multidão era somente eu e meu braço da salvação, um trilhar que se torna vasto pela tamanha imensidão que é mergulhar em meu próprio universo conhecendo o meu coração, é um abissal profundo, onde as respostas são imediatas conforme o meu caminhar nesta estrada. A cada passo dado uma nova oportunidade de se descobrir, de se desenvolver e não temer o que há dentro de mim, vasculhar com cautela é uma tarefa exigente, que remete zelo por parte daquele que se faz alma prudente. Eu confirmo e afirmo, é uma constante busca, uma evolução, não é apenas desejar o novo, mas é sentir o processo acontecendo, os velhos costumes morrendo, os trejeitos se rompendo, toda estrutura montada caída ao chão descendo, sabe quando nada mais importar? É neste estágio que quero me encontrar, ainda estou no processo, sei que a hora vai chegar. Já fui em busca de mim, em busca de me conhecer, busquei pela minha liberdade por ela não sou refém, ela não me condiciona, muito menos me obriga, por ela tenho a livre expressão, a única sensação de sentir o libertar do meu coração. Ainda estou conhecendo tudo que Deus me mostrou, em meio ao meu caminhar vou progredindo ouvindo a voz do grande Eu Sou, Ele quem tem a senha e acesso ao meu coração, lapida-me, transforma essa pedra bruta em uma joia por suas mãos. Ao seu tempo conhecerei o molde ao qual me afeiçoou, ainda não é tempo de descobrir, mas é deixar suas mãos neste exato momento dentro da minha consciência agir, porque o tempo é relativo, ele gira neste globo terrestre em seu curso natural, mas aquele que esquece desse tempo atroz, resguarda sua alma de todo o mal.
Por Ítalo Reis