O vazio da incompetência

A dor da alma é uma dor vazia, é uma carência que não se preenche com nada deste mundo, é o vazio da incompetência de não ter se inteirado da completude de Deus. É um fim que não se vê, um vácuo imenso, sentimentos contraditórios, incertezas, tristezas, de uma solidão complexa, desconexa, de uma metade sem seu inteiro… Que serei eu sem a minha metade? A incompetência parece ser parte daquele que não se encontra preenchido pela verdade, que se julga incapaz de enxergar pelo entendimento qual é a razão da existência humana, por isso todas as almas são vazias. O desejo da busca de cada indivíduo demonstra o interesse que cada um tem pelo o que quer, e como é realizado esse desejo que demonstra, se essa busca tem fundamento ou se é uma busca vazia sem competência alguma. Os sintomas da alma já são os frutos de uma busca pelo efêmero, pois somente a busca pela razão de existir e a prática dela em si é que deixa a alma completa. Jamais um ser humano se completa fora da razão dele existir, eu tenho até uma frase que diz: se o ser humano não busca a razão de existir, ele não tem razão de existir.

A dor da incompetência pega pesado com aqueles que não cumprem com sua função como criação, pois carregam dentro do coração um vazio, por não cumprirem com o que deveria ser feito com primazia. Uma consciência tão cheia, mas ao mesmo tempo tão vazia, conhecimento pelo mundo, pela natureza, pelo espaço, mas e pela vida? Este conhecimento não foi alcançado, pois nunca foi buscado, porque não está do lado de fora e sim do lado de dentro observando o tempo todo a consciência, que pode se tornar capaz de ter a vida eternamente, mas para isto precisa ser competente. Primeiramente precisa ser apresentado a consciência, e ela ter conhecimento desta palavra, dessa verdade, desse propósito, mostrar ter interesse pela vida eterna dela, do verdadeiro caminho que a levará ao céu. O que dói é saber do potencial que temos e não usarmos da forma correta, termos tudo nas mãos, mas sermos incompetentes, o vazio se apodera, os laços acorrentam, o tempo não pondera, o fim um dia chega e as almas aprisionadas no nada, não enxergam o espírito da vida enquanto o tem, vieram ao mundo, produziram a consciência, mas não compreenderam a própria razão de existirem e nem se descobriram como produto da criação, muito menos conscientizaram o Senhor da vida em si mesmos e se apoderaram da inaptidão de enxergarem o propósito da vida, por isso sentirão a eterna ausência do ser divinal pulsando seus pobres corações.

 

Por todos os irmãos

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