A vida me ensinou a velejar no entendimento, me ensinou a usar a força do vento ao meu favor, mesmo que a força do vento seja contrária, a maneira de colocar as velas me faz seguir na direção certa. Eu tenho um objetivo, chegar à vida eterna do Espírito e para isto tenho que atravessar mares, desertos e vendavais, já passei pela porta estreita e já estou pelo meio do caminho apertado, já sacrifiquei o meu cordeiro em cheiro suave ao meu Senhor, já não tenho mais quase nada com este mundo. As minhas atenções já estão na expectativa da minha chegada no plano do céu, vou me encontrar com o meu Pai, com meus irmãos e no meu novo lugar, lá eu serei eterno, a terceira e definitiva fase da vida, me dá até um negócio arrepiante de imaginar este momento.

Eu nunca existi antes, uma eternidade já passou e finalmente eu cheguei a este mundo como se vê, só que ainda estou pelo meio do caminho, agora me falta atravessar a fase humana e chegar a fase espiritual. Sempre disse que este mundo é comparado a um palco para a realização do propósito de Deus, produzimos a consciência aqui como criação, agora é preciso passar por uma metamorfose existencial dentro da consciência, deixar a pessoa da carne pela consciência e assumir a pessoa do Espírito pela vida eterna dela. O propósito de Deus é uma coisa real e já estamos dentro dele, é tão real quanto a morte, a pessoa que está viva nunca morreu, mas já sabe de antemão que vai morrer, isto também é uma coisa real. A vida eterna do Espírito é uma coisa tão real quanto esta vida da carne, isso é uma realidade e não invenção, é simples de enxergar, pois o próprio Espírito nos dá a direção para passarmos pelo processo de transformação que a consciência deve compreender e concluir, para não ficar no meio do caminho, mas sim chegar à vida eterna do Espírito.

É necessário antes saber separar o que morre do que é eterno para ver as coisas com nitidez do que vai acontecer, pois a qualquer momento a lei se cumprirá e a carne voltará ao pó e o Espírito voltará a Deus que o deu, isso já está dentro de Seu propósito, e o que não está é o porquê a consciência ficará sem a vida. Nunca foi tão mencionada em nenhuma outra época, com tanta clareza como é hoje, que a consciência é o fruto para o proveito de Deus, que toda criação ser humano produz naturalmente, e é este fruto que o Espírito que já está em nós, veio colher. Este é o rastro deixado por todos aqueles que desbravaram e navegaram no mar da vida, navegaram pelo mesmo entendimento e hoje estão na terra prometida, que no qual eu hoje estou indo na mesma direção.

Somando as luzes

Por Zeca e Lauro