Aquele que passa comigo pelo vale da morte é o escudo do meu socorro, Aquele que me sustenta nos tempos de frio e fraqueza é a mão que me guarda e cobertor que me cobre. De onde vem o meu socorro? Vem do Senhor, pois Nele não há lágrimas que não possam secar, não há coração ferido que não sare, não há almas doentes que não se curem, em Deus não há chamado que não possa ser ouvido, não há clamor que não chegue aos ouvidos do Senhor, porque Nele está a esperança do viver e ao Senhor dou glória, pois abriste meus olhos para que sua glória fosse por mim manifestada. Caí do cavalo para debaixo ver os pés da simplicidade do Senhor e tão grande coisa eu vi e o bem abraçou minha alma, o meu eu se tornou pequeno diante tanta grandeza, meu coração que era tão pequenino se alastrou alargando a terra, pois foi como um raio dividindo os universos, os reinos, um verdadeiro divisor de águas, de céus, de vidas.
Cruzei a linha divisória do céu e da Terra e cheguei no portal do coração de Deus, és aqui o meu tesouro e escudo do meu socorro, o sol pode queimar como fornalha em alta temperatura, mas Deus é a sombra em pleno deserto e até às nuvens acolhem o sol para a alma refrescar na passagem desta vida. Está em Deus meu refúgio e abrigo e meus inimigos não farão festa e não vão alardear o ventre que guarda e gera o filho da vida.
Por Maria Lúcia