Um carinho de um irmão

Eu quero a paz da minha alma, sem ela eu não posso viver, os traços da vida se cruzam e a paz depende de nós. Ninguém vive sem um carinho, afago sincero de irmão, não dá para viver tão sozinho, alguém tem que nos dar as mãos. Eu vivo sonhando com a vida, aquela que Deus tem para mim, pois esta que temos no mundo sujaram de horrores sem fim. Os Homens não compreenderam que estamos no mundo por Deus, ninguém busca esta verdade, mas querem viver para o lopreu. Por isso que a paz foi embora, deixou o tormento reinar e cada consciência que vejo não tem forças para lutar. Juntos somos mais fortes, são mais ombros para se apoiar, o irmão que for mais fraco, os mais fortes devem ajudar. Eu me disponho de todo coração a qualquer irmão que precisar, dou o meu ombro amigo para qualquer um, todo aquele que precisar. Sinto que já está chegando a hora de unir os nossos corações, já ouço os cavaleiros do apocalipse espalhado por todas as nações. Ouço um grito de criança no escuro, é uma parturiente dando a luz, é um filho lá do reino nos braços de quem te deu a luz. Hoje conhecemos de fato a mãe do Salvador, aquela que Deus escolheu para si, a bendita entre as mulheres que o filho da luz em si gerou. Os meus olhos percorreram toda a Terra e o meu justo encontrei, agora a minha glória se manifestará, pois sobre meu trono assentará o eterno Rei. Jerusalém será reedificada, o lugar da minha Santa Morada, os clarins já estão soando e só os meus filhos estão escutando, uma canção suave que do além vem se propagando, remexe o filho no ventre, causando euforia em meu âmago. Levantai as espadas ó filhos do céu, pois a hora já é chegada, as trombetas estão tocando aos quatro cantos, abram as portas de entrada. O propósito do Criador não há de passar despercebido, em meio essa geração de horror há de juntar seus remidos. Que ecoe sua voz em canções e melodias de amor, permeando esse mundo atroz e amenizando um pouco da dor. Sua brasa viva tocou nossos lábios e neles soletrou uma nova canção, a água da vida jorra por nossas entranhas anunciando o verdadeiro Eu Sou. As almas estão sedentas e os corações solitários e vazios, desacreditam até de si mesmos e na face não se vê mais o brio. A vida não brilha mais nos olhos, pois a carne está à frente ofuscando, o dinheiro é o senhor que impera gerando sentimentos profanos. O amor esfriou por completo, endurecendo e congelando os corações, do que adianta a sensibilidade dos poetas se não consegue suscitar os irmãos? Saia deste sepulcro sombrio e deixe a luz da sabedoria raiar com toda a intensidade, com ela terá um novo amanhecer e provará o sabor da verdadeira liberdade!

Somando nossas luzes

Por Zeca e Michele