Água que escorre por entre o peito
Que cura e limpa a visão
Tira todas as chagas mortais
Que ferem e dilaceram o coração
Água que desce feito cascata
Feito corrente torrencial
Vem abundante e cristalina
Límpida, pura, fonte celestial
Seu som causa estrondo
Ao cair nas pedras brutas
Seu tom se torna suave
Quando desce em meio às grutas
Quem está pronto para se banhar
Nas águas que descem do céu?
Elas vem como em nuvens carregadas
Transformando e rasgando o véu
A dose de entendimento cura
Os olhos que querem enxergar
Pois aquele que se molha na água
Tem que deixa-la no âmago penetrar
É como dar um mergulho profundo
E de maneira alguma se amedrontar
Mas encarar a água fortemente
E deixar que ela venha te limpar
A transformação acontece de imediato
Quando a consciência deixa molhar
A palavra causa efeito único
E da água pro vinho vem se transformar
Por Ítalo Reis