Entre loucos eu sou sóbrio

Entre loucos dispersos

Entre a escuridão vazia

Entre cegos perambulando

Sou guiado pela luz do dia

 

Entre os devaneios da alma

Caminho sobriamente pela vida

Vejo a luz terna e perene Guiando-me como os faróis ao meio dia

 

Entre becos obscuros

Vejo tantas almas caídas

Todas tristes e desoladas

Por não encontrarem a saída

 

Mas eu me encontro aqui

Lúcido do que eu vejo

Andando sempre em frente

Transformando o meu sujeito

 

A luta é sempre em mim

Não acontece do lado de fora

Mas é dentro do meu inverso

Que tudo se ajusta e se aflora

 

Em meu imo se trava a batalha

Para dissipar todo mal

Eliminar todos absurdos

E toda chaga mortal

 

Todos tem esse poder

Nas suas próprias mãos

Serem sóbrios e andarem reto

Ou serem loucos andando na contramão

 

Cada um tem a opção

Basta somente escolher

Entre a vida e a morte

Com qual dos dois irá se envolver?

 

Isto não diz respeito a mim

Mas diz somente a você

Sua consciência é quem pode ser livre

Ou enclausurada como refém

 

Por Ítalo Reis