Lavei minhas mãos III

Lavei minhas mãos na água

Na inocência da pureza

Curei minha visão

Ela se expandiu com destreza

 

Vereda que se endireitou

Pelos meus pés na verdade andar

Mergulhei no meu interno

E deixei os céus me banhar

 

Foi envolvente lá dentro

Um transformar único

Deixei a verdade penetrar

E foi tirado todos os absurdos

 

Na medida do aprofundar

Fui conhecendo meu papel

Acrisolei meu coração

Ela quem rasgou o véu

 

Foi necessário o processo

Para me autoconhecer

Mergulhar no meu interno

Para tudo compreender

 

Não hesitei em reconhecer

O que já estava no interno

Lavei minhas mãos dos enganos

Para o meu Ser eterno

 

Me tornar brandura pura

A castidade ser minha sina

A leveza ser meu andar

A sabedoria minha amiga

 

Tornar-me refém da vida

Ser uma totalidade única

Ser alma desejada pelo eterno

Ser honrado pela postura

 

Por Ítalo Reis

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