Eu cresci em um lar evangélico, onde desde os meus três anos ia na igreja com a minha família, nos primeiros anos de vida não entendia porque tinha que ir na igreja, mas fui crescendo e para mim eu não podia deixar de frequentar a igreja, pois foi me ensinado desde pequena que tinha que ir buscar a Deus e para isso tinha que estar lá sentada em um banco e assim eu achava que estava manifestando a presença de Deus na minha vida. Ao passar dos anos tinha época que eu ia para igreja toda entusiasmada, pois participava dos grupos de jovens, grupo de coreografia, teatro, e na minha ignorância achava que estava realizando o propósito de Deus, mesmo que a minha intenção era somente de adora-lo, mas não via que estava fazendo da maneira errada, mas toda vez que estava entusiasmada em estar fazendo algo na igreja, minha família mudava de igreja, pois eles falavam que aquele lugar não era mais para eles, e assim direto mudávamos de igrejas e eu nem sequer me perguntava se o que eu estava fazendo era o certo ou não, pois fui criada assim e eu seguia o ritmo da minha família. Eu participava até de um encontro com Deus, que a igreja separava um final de semana inteiro em um sítio para assim nós termos um encontro com Deus, hoje dou até risada, mas naquela época para mim estava fazendo o certo. Lembro que nós abríamos os braços por um determinado tempo naquele encontro que era para sentir as dores que Jesus sentiu ao ser morto, que eles dizem que ele foi crucificado, e que os pastores lavavam nossos pés e achavam que estavam fazendo algo bom para Deus. E assim os anos foram se passando, mas ao passar dos anos já não tinha a mesma vontade de antes de ir na igreja, e assim aos poucos comecei a parar de ir, mesmo sabendo que a minha família não concordava. Todo dia era uma piada, mas mesmo assim eu dei um “tempo”. Um certo tempo eu simplesmente só ia do trabalho para casa e de casa para a faculdade, mas teve um dia que algo mudou, eu vi uma pessoa e aquela pessoa mexeu comigo de uma maneira diferente, e assim foi se passando os dias e eu lembrava daquela pessoa e simplesmente sorria, passou um tempo, eu e aquela pessoa começamos a nos relacionar, e que diferença de relacionamento, essa pessoa simplesmente disse que iria me tirar da casa dos meus parentes e me tirou, e assim aquela pessoa começou a falar para mim sobre as três peças: consciência, espírito e carne, e eu não entendia nada, mas nada mesmo, e muitas vezes fingia entender, eu achava que ele tava ficando louco, pois como pode uma pessoa falar que Jesus não virá me salvar, sendo que cresci ouvindo isso? E assim passaram-se os anos, e ele falando a mesma coisa e eu não entendendo, até que percebi que ele já não me falava tanto e comecei a sentir falta, ele começava ouvir uns áudios e eu falava: nossa o que ele tanto ouve? E assim aos poucos comecei me interessar e perguntar para ele o que aqueles áudios queriam dizer, e ele com toda paciência me explicava, mesmo todos os dias eu perguntando a mesma coisa, mas mesmo assim continuava me explicando. Até o momento que eu mesma comecei ter interesse em entender tudo que era me falado, e hoje me encontro aqui muito feliz por ter descoberto o verdadeiro e maravilhoso propósito de Deus, e agora vejo o poder que a consciência tem e como temos que cuidar dela, pois é através dela que tudo manifestamos, e ela é o elo que nos liga a Deus.
Por Jeane Reis