O conhecimento se constrói, se expande, se transforma, aos poucos encontra pétalas no campo, começa a perceber como o sol abraça o solo, como contorna as nuvens e transpassa as folhas, aos poucos o horizonte se torna vivo, e o que antes parecia frio, se esquenta, porém a verdade nunca muda, ela apenas mostra outras faces, pois sempre será nua e crua, independente de seus enlaces. Para muitos, assustador, para alguns, grandioso, em paz é viver com a verdade, na órbita das estrelas, nos braços das ondas serenas, a certeza do que é, onde está, o que pode ser e o que já foi um dia. A verdade pode ser nua, mas adorna os seus com as mais belas vestes, a certeza reluz como cristal, a sabedoria no pescoço, a determinação nos pés, e a vida em linho fino, mesmo crua, é saborosa, sendo a fruta mais doce para o paladar. Leve, tão leve quanto pena, luz, lumia tudo o que lhe rodeia, queira ou não, ninguém foge por muito tempo, suas mãos alcançam até mesmo a escuridão de seus olhos, que fogem para longe de si, mas nunca longe o suficiente para fugir de seu reflexo. Um dia tudo o que toca ruirá e passará como fumaça, mas o que construiu em seu coração, se em base sólida, eternizará em sua alma, este mundo é uma enorme ampulheta, cada dia uma ceifa, não há como escapar do destino, a morte floresce em todo solo, basta aceita-la, como um ponto final de uma história, para o começo da eternidade, pois a verdade é nua e crua, mas é bela para quem reflete sua face.
Por Luiza Campos