Nós temos que ser fortes, ser forte não é falar não para o que não quer, mas sim resistir o que quer. Falar que vai passar pelo que tiver que passar para chegar a vida eterna, e depois não resistir aos desejos carnais, é ser muito fraco. O problema é que as consciências não entendem o que falo, eu falo da razão da vida, do motivo que levou o nosso Criador a nos criar, o que Ele espera de nós como criação. A regra da lei entre um criador e sua criação é esta; primeiro que um criador cria visando o que a sua criação produz, segundo que, o que uma criação produz deve servir quem a criou. Por exemplo: o ser humano criou a caneta por causa da escrita que a caneta produz, e a escrita deve servir o ser humano que é o criador da caneta. Não tem lógica dizer que a escrita deve servir a própria caneta, e isso é uma regra que se aplica ou se estende a tudo que enuncia a relação entre um criador e sua criação.
Muito bem, o nosso corpo carnal, trata-se de uma criação devido a sua complexidade, e devido a isso, é óbvio que temos um Criador, e mais óbvio ainda é que houve um motivo para Ele ter nos criado, isto é, nós produzimos algo que interessa diretamente ao nosso Criador, e é neste ponto que cabe uma reflexão muito profunda, pois o ser humano reflete pelo próprio produto que produz e é por causa disso que se cria o elo perdido, pelo que, a razão do ser humano é a consciência que ele produz, e é por ela que ele pensa, raciocina, forma as ideias, pondera e decide. A consciência é um campo invisível que tudo se manifesta por ela, ela é um estado, uma condição, um campo aberto onde tudo se pode plantar. É a consciência que produzimos que dá sentido e valor a todas as coisas, sem consciência nada é ou não tem valor de que seja. Muito bem, da parte do nosso Criador, Ele assentou a porção do seu espírito em cada um de nós pela vida, e através de um sistema sábio, Ele nos criou na carne neste plano material e nos assentou a porção do seu espírito no plano espiritual no mesmo lugar. Trata-se de duas existências no mesmo lugar, mas em planos opostos, e pelo propósito do Criador-Deus, Ele quer que nós, como criação, produzimos consciência desse espírito e andemos por ele. Uma hora se cumprirá a lei que diz: o pó volta ao pó como era, e o espírito volta a Deus que o deu, ou seja, a carne se fará uma com a terra novamente, e o espírito se fará um com o todo do Espírito novamente. A questão aqui não é a carne e nem o espírito, que já estão definidos, mas a consciência que produzimos como criação, pois para onde ela vai na eternidade? Uma questão simples de entendimento, se no dia do juízo, que é o dia da morte, ela estiver ligada à carne que morre, cairá no vazio eterno sem volta por falta de um corpo, pois nem voltou com o espírito a Deus, e nem ficou com a carne que morreu, mas se tão somente ela passar por uma metamorfose existencial dentro dela, se desligando da carne que morre e se ligando no espírito da vida, ela voltará com o espírito a Deus, e lá no plano espiritual desfrutará a vida eterna dela pelo espírito. Trata-se de uma troca de existência literal, a consciência deve se desligar da carne que morre, e se ligar no espírito da vida dentro dela. Um detalhe, já estamos dentro disso, não é uma questão de a tua consciência querer ou não querer, todos nós vamos passar pela morte e vai depender de onde a tua consciência estiver ligada para vermos a eternidade que ela passará.
Por O teu espírito diz